Login

Ainda não possui uma conta? Registre-se gratuitamente agora!

Cadastrar

Informação

Sobre
Contato

Nutrientes / Adubos - 03/08/2017

Categoria: Cuidados

Tabela Periódica de Nutrição mybonsai

Aprenda sobre os 17 nutrientes essenciais para as plantas e a importância de cada um deles para obter uma planta saudável. Todas as culturas necessitam de uma quantidade adequada de cada um destes 17 nutrientes para atingir melhores resultados de produtividade. De acordo com a Lei do Mínimo, se há falta de um ou mais nutrientes no solo, a produtividade será reduzida, mesmo que haja uma quantidade adequada de outros nutrientes disponível. A produtividade pode ser limitada pelo elemento que está menos disponível no solo, então é importante entender quais os nutrientes-chave necessários para fazer sua planta triunfar.

           

Macronutrientes

 

  N Nitrogênio

Nitrogênio (N) é essencial para o crescimento da planta e é parte de toda célula viva. Necessário para a síntese da clorofila, as plantas absorvem grande parte do N a partir de íons como o amônio (NH4+) ou o nitrato (NO3-). Além disso, pode ocorrer absorção de ureia diretamente pelas folhas e outras pequenas quantidades de N são obtidas de outras fontes como aminoácidos diluídos em água.

Aprofunde-se O Nitrogênio (N) cerca todas as plantas em nossa atmosfera. Embora cada hectare da superfície da Terra seja coberto por milhares de quilos desta nutriente essencial, o nitrogênio gasoso presente na atmosfera está na forma de moléculas inertes (N2), o que faz com que esse nitrogênio não esteja diretamente disponível às plantas que precisam dele para seu crescimento, desenvolvimento e reprodução. Apesar de ser um dos elementos mais abundantes na Terra, a deficiência de nitrogênio é provavelmente o problema nutricional mais comum que afeta as plantas ao redor do planeta.

Plantas saudáveis muitas vezes contém 3% a 4% de N em seus tecidos acima do solo. Essas concentrações estão muito acima das outras concentrações de nutrientes, exceto carbono, hidrogênio e oxigênio - nutrientes que na maioria das vezes não afetam o manejo da fertilidade do solo na maioria das situações. O nitrogênio é um importante elemento de compostos estruturais, genéticos e metabólicos nas células das plantas. É um importante elemento na clorofila, o composto através do qual as plantas usam a energia solar para produzir açúcares a partir de água e dióxido de carbono (CO2), ou seja, a fotossíntese.

Nitrogênio é também um importante componente de aminoácidos, os elementos fundamentais das proteínas. Algumas proteínas agem como unidades estruturais nas células das plantas, enquanto outras atuam como enzimas, possibilitando muitas das reações bioquímicas fundamentais para a vida. O nitrogênio aparece em compostos de transferência de energia, tais como a ATP (trifosfato adenosina), que permite que células conservem e usem a energia liberada no metabolismo. Para completar, N é um componente significativo de ácidos nucleicos como o DNA, material genético que permite que as células (e posteriormente plantas inteiras) cresçam e se reproduzam. Com exceção da fotossíntese, o nitrogênio também desempenha os mesmos papeis em animais. Sem nitrogênio, não haveria vida na forma que a conhecemos.

Nitrogênio em níveis adequados resulta em folhas com um tom verde escuro, resultado da alta concentração de clorofila. A deficiência de nitrogênio provoca a clorose, um amarelecimento das folhas causado pela falta de clorofila. Esse amarelecimento começa nas folhas mais velhas, passando para as mais novas conforme essa deficiência de nitrogênio. Pequenos grãos e outras gramíneas produzem menos brotos quando há deficiência de nitrogênio.

 

 P Fósforo

Um dos três principais nutrientes, o fósforo (P) é essencial para o crescimento da planta, devendo estar acessível à planta para que o ciclo de produção normal seja completado. As plantas absorvem o P do solo na forma de ortofosfatos primários e secundários (H2PO4- e HPO42-).

Aprofunde-se Fósforo é um componente vital do trifosfato adenosina (ATP), a "unidade de energia" das plantas. O ATP é formado durante a fotossíntese, tem P em sua estrutura, e é processado desde o início do crescimento da muda até a formação do grão e maturidade da planta.

O vigor e a saúde de todas as plantas exigem fósforo. Alguns fatores de crescimento específico associados ao P incluem maior desenvolvimento das raízes, fortalecimento do caule e haste, melhor florescimento e produção de sementes, antecipação e uniformização da maturidade da cultura, maior capacidade de fixação de nitrogênio em leguminosas, melhoria na qualidade do solo e maior resistência a doenças vegetais.

A deficiência de fósforo é mais difícil de ser diagnosticada que a deficiência de nitrogênio ou potássio. As culturas normalmente não mostram sinais óbvios de deficiência de fósforo, exceto um atrofiamento geral da planta durante os primeiros estágios de crescimento. Quando a deficiência é finalmente constatada visualmente, é tarde demais para correção em culturas anuais.

Algumas culturas, como o milho, tendem a apresentar uma descoloração anormal quando existe deficiência de fósforo. As plantas normalmente têm uma coloração escura verde azulada, com folhas e caules aproximando-se da cor roxa. A composição genética da planta influencia o nível de roxo, sendo que algumas espécies híbridas mostram uma descoloração maior que outras. A cor arroxeada resulta do acúmulo de açúcares, que favorece a síntese da antocianina (um pigmento roxo), que ocorre nas folhas das plantas.

O fósforo é altamente móvel nas plantas. Quando há deficiência desse elemento, ele pode transferir-se dos tecidos mais antigos para os mais novos, que ainda estão em crescimento. Consequentemente, muitas vezes são observadas respostas vegetativas de fósforo. Conforme a planta amadurece, o fósforo desloca-se para as áreas de frutificação da planta, onde a formação de sementes e frutos demanda altas doses de energia. As deficiências de fósforo nos estágios finais de crescimento afetam o desenvolvimento da semente e a maturidade normal da cultura. A porcentagem total de cada nutriente absorvido é maior para P nos estágios finais de crescimento que para N ou K.

 

 K Potássio

Potássio (K) é um dos nutrientes essenciais e é absorvido em grades volumes pelas plantas. Potássio é essencial para fotossíntese, síntese de proteínas e muitas outras funções nas plantas. É classificado como um macronutriente, da mesma forma que nitrogênio (N) e fósforo (P). As plantas absorvem o K em sua forma iônica (K+).

Aprofunde-se embora o potássio não forme quaisquer estruturas de plantas ou compostos, desempenha um importante papel regulatório na planta. É essencial em praticamente todos os processos necessários para sustentar o crescimento e reprodução das plantas, incluindo os seguintes:

  • Fotossíntese
  • Translocação de fotossintetizados
  • Respiração da planta
  • Síntese proteica
  • Controle do equilíbrio iônico
  • Quebra de carboidratos (que fornecem energia para o crescimento das plantas)
  • Regulação dos estômatos das plantas e uso da água
  • Ativação das enzimas das plantas
  • Recuperação e resistência a doenças
  • Turgor (quantidade de líquido presente na planta)
  • Tolerância a estresse (incluindo condições climáticas desfavoráveis)

Talvez a função mais importante do potássio seja sua capacidade de ativar pelo menos 80 enzimas que regulam o funcionamento das principais reações das plantas. O potássio também influencia a eficiência do uso de água. O processo de abertura e fechamento dos poros nas folhas das plantas, denominados estômatos, é regulado pela concentração de potássio nas células-guarda, que cercam os estômatos. Quando os estômatos se abrem, grandes quantidades de potássio se movem das células que estão próximas para as células-guarda. Conforme o potássio sai das células-guarda e vai para as células ao seu redor, os estômatos se fecham. Assim, o potássio desempenha um papel chave no processo usado pelas plantas para conservar água.

O elemento também desempenha um importante papel no aumento da produtividade e no controle de doenças, já que melhora a robustez das plantas durante o inverno. Permite que as plantas comecem mais rápidos na primavera, aumentando o vigor, o que permite que o crescimento possa continuar durante a temporada de crescimento. Plantas com deficiência em potássio não conseguem crescer com a mesma robustez e são menos resistentes a seca e variações extremas de temperatura. Também são mais vulneráveis a pragas, doenças e ataques de nematoides.

O potássio também é conhecido por ser um nutriente de qualidade porque seus importantes efeitos sobre fatores como tamanho, forma, cor, gosto, tempo de armazenamento, qualidade da fibra e outras medições qualitativas.

 

Nutrientes Secundários

 Mg Magnésio

Escondido no centro de cada molécula de clorofila está um átomo de magnésio (Mg), tornando esse nutriente essencial na fotossíntese. O magnésio também ajuda o metabolismo do fosfato, na respiração da planta e na ativação de muitos sistemas de enzimas.

 Aprofunde-se A utilização de magnésio para a nutrição das plantas é muitas vezes negligenciada, embora suas deficiências tenham um efeito adverso no seu crescimento. Muitas funções essenciais das plantas exigem um suprimento adequado de Mg, a mais óbvia sendo o papel do magnésio na formação das raízes, clorofila e fotossíntese. Magnésio é necessário para as plantas captarem a energia solar para o seu crescimento e reprodução, através da fotossíntese. Clorofila, o pigmento verde das plantas, é a substância através da qual acontece a fotossíntese. Sem a clorofila, as plantas não poderiam fabricar alimentos.

O magnésio é um componente essencial da clorofila, sendo que cada molécula contém 6,7% de Mg. Além disso, o elemento também atua como transportador do fósforo nas plantas, sendo necessário para a divisão das células e formação de proteína. Assim, o magnésio é essencial para o metabolismo do fosfato, respiração da planta e ativação de vários sistemas de enzimas.

Os solos normalmente contêm menos magnésio do que cálcio, pois o magnésio não é tão bem absorvido pela argila e pela matéria orgânica, estando ainda sujeito a lixiviação. A disponibilidade de magnésio está se exaurindo em alguns solos, porém produtores e pesquisadores tem tido boas respostas à fertilização com Mg.

A disponibilidade de magnésio nas plantas muitas vezes depende do pH do solo. Pesquisas mostram que a disponibilidade de magnésio nas plantas é reduzida com solos que têm baixo pH. Em solos ácidos, com pH abaixo de 5,8, excesso de hidrogênio e alumínio podem reduzir a disponibilidade e absorção de magnésio. Em solos com valores de pH acima de 7,4, o excesso de cálcio pode estimular bastante a absorção de magnésio pelas plantas.

O magnésio é móvel dentro da planta sendo facilmente transferido de tecidos mais velhos para os mais novos. Quando ocorrem deficiências, as folhas mais velhas são as primeiras a serem prejudicas, com perda de cor entre as veias das folhas, começando nas margens ou pontas da folha se direcionando ao interior das folhas, deixando estas com a aparência listrada.

 S Enxofre

Enxofre (S) é parte de todas as células vivas e um importante elemento para a formação de proteínas. Diferentemente de outros nutrientes secundários, como cálcio e magnésio (absorvidos pela planta na forma de cátion), enxofre é absorvido principalmente na forma do ânion de sulfato (SO42-), mas também pode penetrar as folhas das plantas a partir do ar, na forma do gás dióxido de enxofre (SO2).

Aprofunde-se uma corrente é tão forte quanto seu elo mais fraco. Frequentemente ignorado, enxofre pode ser o elo mais fraco em muitos programas de fertilidade do solo e nutrição de plantas. Ultimamente, há diversos motivos para prestar mais atenção às deficiências e à maior necessidade de enxofre.

Exigências governamentais atualmente restringem a quantidade de dióxido de enxofre (SO2) que pode ser liberado na atmosfera por fornos que queimem carvão mineral. Atualmente, a maior parte do enxofre é removida do gás natural usado nas casas e nas indústrias. Além disso, os catalisadores utilizados nos modelos mais novos dos automóveis removem grande parte do enxofre que anteriormente era liberado na atmosfera, na época em que a gasolina continha enxofre. Além disso, os compostos sem enxofre substituíram muitos dos inseticidas e fungicidas que anteriormente eram aplicados no controle de insetos e doenças agrícolas. Em resultado dessas medidas, menos enxofre chega ao solo através da água da chuva.

O enxofre é fornecido às plantas a partir do solo através do material orgânico e dos minerais, embora muitas vezes esteja presente em quantidades insuficientes e em momentos inadequados, não atendendo assim as necessidades de culturas com alto rendimento.

Assim como o ânion nitrato (NO3-), o sulfato move-se facilmente pelo solo e pode ser lixiviado para além da zona ativa das raízes durante chuvas fortes e irrigação. O sulfato pode voltar para a superfície do solo com a evaporação da água, exceto em solos mais arenosos, com textura grossa e que podem conter menos poros capilares. Essa mobilidade do sulfato (SO42-) dificulta a calibragem das análises do solo e seu uso como ferramenta preditiva para as necessidades de fertilização com enxofre.

No campo, plantas com deficiência de enxofre tem uma coloração verde pálida de suas folhas mais novas, embora nos casos mais severos a planta toda possa ficar verde pálida e atrofiada. As folhas tendem a encolher, conforme o avanço da deficiência.

Assim como o nitrogênio, o enxofre é um elemento constituinte das proteínas, de forma que os sintomas de deficiência são similares aos da deficiência de nitrogênio. Neste último caso, contudo, os sintomas são mais severos nas folhas mais velhas porque nitrogênio é um nutriente móvel nas plantas, passando para o crescimento novo. Por outro lado, o enxofre não se move nas plantas, de forma que os novos brotos são os primeiros a sofrerem com a insuficiência de enxofre. Essa diferença é importante para identificarmos as deficiências de N e S, especialmente nos estágios iniciais.

 Ca Cálcio

Cálcio (Ca) é encontrado ao nosso redor, sendo que a própria existência de plantas e animais depende desse elemento. As plantas absorvem cálcio na forma do cátion Ca2+ e, uma vez dentro da planta, o cálcio funciona de várias formas.

Aprofunde-se os nutrientes secundários – cálcio (Ca), magnésio (Mg) e enxofre (S) – são tão importantes para a nutrição das plantas quanto os nutrientes primários. A deficiência em nutrientes secundários, incluindo cálcio, pode restringir o crescimento das plantas da mesma forma que a deficiência de nutrientes primários.

O cálcio substitui os íons de hidrogênio (H) da superfície das partículas do solo quando cal é acrescentado reduzindo a acidez do solo. Essa mudança é essencial para os micro-organismos, porque eles transformam os resíduos das plantas em matéria orgânica, liberam nutrientes e melhoram a agregação do solo e a capacidade de retenção de água. O cálcio ajuda as bactérias que fixam o nitrogênio a formar nódulos nas raízes das leguminosas, para captar o nitrogênio presente na atmosfera e convertê-lo em uma forma utilizável pela planta.

Quando o cálcio é transportado dentro da planta, a capacidade de as raízes das plantas absorverem outros nutrientes é melhorada. O cálcio ativa diversos sistemas de enzimas que regulam o crescimento das plantas, ajuda a converter o nitrato (NO3-) em formas necessárias à formação de proteínas, permite a formação das paredes celulares e a divisão normal das células e aumenta a resistência a doenças. Além disso, juntamente com magnésio e potássio, o cálcio ajuda a neutralizar os ácidos orgânicos formados durante o metabolismo das células das plantas.

Para a maioria das culturas, a deficiência de cálcio não é um grande problema, se os produtores fizerem a correta calagem do solo, para ajustar o pH e obter os níveis ideais para a produção da safra. À medida que os solos se tornam mais ácidos, muitas vezes o crescimento das plantas é restrito por concentrações tóxicas de alumínio ou manganês no solo – ou até dos dois elementos – embora nunca pela deficiência de cálcio. Análises do solo e um bom programa de calagem são a melhor forma de evitar esses problemas.

O desenvolvimento anormal dos pontos de crescimento (na forma de brotos terminais) ou um fraco crescimento das raízes são sintomas comuns de deficiência de cálcio. Folhas novas e outros tipos de tecido jovem são os primeiros a desenvolverem os sintomas, porque o cálcio não é transportado dentro da planta. Novos tecidos necessitam de pectato de cálcio para formar as paredes celulares, de forma que uma deficiência de cálcio pode provocar pontas gelatinosas nas folhas e nos pontos de crescimento. Em casos severos, o ponto de crescimento morre, as raízes tornam-se pretas e apodrecem. A deficiência de cálcio também pode fazer com que a folhagem assuma uma cor verde escura anormal. Plantas deficientes podem também perder a floração e os brotos prematuramente.

Micronutrientes

 B Boro

Boro (B) é um micronutriente essencial para a formação das paredes celulares e para os pontos de crescimento rápido dentro da planta, tais como as estruturas reprodutivas. Um aspecto interessante é que plantas mais evoluídas necessitam de boro, enquanto que animais, fungos e microrganismos não tem necessidade desse nutriente.

Aprofunde-se A necessidade de boro foi confirmada no final da década de 1920, embora seu papel e sua função dentro da planta continuem sendo objeto de pesquisa para melhor entendimento. Em nível global, boro representa a deficiência de micronutriente mais comum depois de zinco.

Mais de 90% do boro é encontrado nas estruturas das paredes celulares. As deficiências de boro normalmente atrofiam o crescimento da planta, reduzindo a extensão da parede celular no ponto de crescimento. As folhas mais jovens são as primeiras a mostrarem os sintomas, o que indica que boro não é prontamente transportado na planta. Sintomas da deficiência de boro podem incluir floração reduzida; folhas cloróticas engrossadas e enroladas; pontos moles ou necrosados nas frutas e tubérculos. As deficiências de boro são mais pronunciadas durante os períodos de seca, quando a atividade das raízes fica mais restrita.

As plantas retiram o boro do solo na forma de ácido bórico (H3BO3). Diversos fatores influenciam a disponibilidade de boro no solo, sendo que sua distribuição irregular no solo é comum. Matéria orgânica representa o mais importante reservatório de boro. Condições extremas de calor, frio ou sequidão podem reduzir a decomposição de material orgânico e limitar a liberação de boro na solução do solo. A disponibilidade para a planta é boa em um bom intervalo de pH, de 5,0 a 7,5. Boro é móvel no solo e sujeito a lixiviação. Lixiviação é motivo de preocupação especialmente em solos arenosos e/ou áreas com grande irrigação ou chuvas intensas.

A necessidade de boro varia muito de uma cultura para outra, sendo que o intervalo entre uma deficiência e um excesso desse elemento é menor que para quaisquer outros nutrientes essenciais. Boro deve ser usado com cautela, especialmente em rotação de culturas com diferentes sensibilidades a esse elemento. É importante que fertilizantes contendo boro sejam aplicados uniformemente em lanço, invés de em sulcos. Boro aplicado junto a sementes reduz a quantidade de pés de plantas.

 Cl Cloro

As plantas absorvem cloro (Cl) na forma do ânion cloreto (Cl-). É ativo em reações de energia nas plantas. A maior parte do cloreto encontrado nos solos provém de sal retido em materiais geológicos (formações rochosas), aerossóis marinhos e emissões vulcânicas. Classificado como um micronutriente, o cloro é exigido por todas as plantas em pequenas quantidades.

Aprofunde-se Pesquisas mostram que cloreto (Cl-) reduz os efeitos das doenças fúngicas nas raízes, tais como Geaumannomyces graminis e podridão comum das raízes, em pequenos grãos. Também ajuda a suprimir infecções fúngicas em folhas de pequenos grãos e doenças de cabeça. Pesquisadores fizeram a correlação entre uma incidência menor de podridão dos caules no milho e níveis adequados de cloreto.

O cloreto pode ser aplicado a lanço antes do plantio ou através de cobertura com nitrogênio. A forma mais prática é cloreto de potássio (KCl), que contém cerca de 47% de íons cloreto (Cl-). Aplicações antes do plantio, durante a semeadura e de cobertura provaram-se todas eficazes. Taxas mais elevadas devem ser aplicadas antes do plantio ou de cobertura. Cloreto é extremamente móvel no solo e deve ser manejado de acordo.

Cloreto pode ter efeitos negativos sobre determinadas culturas, como tabaco, algumas variedades de soja, batatas e algumas árvores. Os efeitos variam conforme o tipo de cultura ou o estoque de raízes e a intenção de uso da cultura.

 Mn Manganês

O manganês (Mn) atua principalmente como parte dos sistemas enzimáticos das plantas, ativa diversas reações metabólicas importantes e desempenha um papel direto na fotossíntese. O manganês acelera a germinação e a maturidade, aumentando também a disponibilidade de fósforo (P) e cálcio (Ca).

Aprofunde-se Manganês (Mn) é absorvido pelas plantas na forma do cátion bivalente Mn2+. Atua principalmente como parte dos sistemas enzimáticos das plantas. Ativa diversas reações metabólicas importantes e desempenha um papel direto na fotossíntese, ajudando na síntese da clorofila. O manganês acelera a germinação e a maturidade, aumentando também a disponibilidade de fosfato (P) e cálcio (Ca).

Manganês é imóvel nas plantas, de forma que os sintomas de deficiência aparecem primeiramente nas folhas mais jovens, com um amarelecimento entre as veias. Às vezes, também aparecem uma série de pontos marrom escuros. Em pequenos grãos, ocorrem áreas cinzentas próximas às bases das folhas mais jovens. A deficiência de manganês ocorre com mais frequência em solos com alto teor de matéria orgânica, em solos que naturalmente têm baixo teor de Manutenção e que com pH neutro a alcalino. Outro sintoma de deficiência que ocorre em algumas espécies é o amadurecimento tardio. Pontos cinza claros em folhas de algumas culturas de cereais e Inter nódulos mais curtos no algodão são também sintomas de deficiências de manganês.

Muitas vezes, as deficiências de manganês são associadas a solos com altos níveis de pH, o que pode provocar o desequilíbrio com outros nutrientes, tais como cálcio (Ca), magnésio (Mg) e ferro (Fe). A umidade do solo também afeta a disponibilidade de manganês. Os sintomas de deficiência são mais severos em solos com alto teor de matéria orgânica durante os meses frios da primavera, quando os solos estão saturados de água. Os sintomas desaparecem à medida que o solo seca e as temperaturas sobem.

A deficiência de manganês pode ser corrigida de diversas formas:

  • Se a deficiência foi causada por calagem, o solo deve ser mantido com um pH abaixo de 6,5.
  • Sais solúveis, tais como sulfato de manganês (MnSO4), devem ser misturados com fertilizantes de arranque e aplicados em faixas. Fertilizantes de arranque com alto teor de fósforo ajudam a transportar o manganês para dentro da planta.
  • Um sintoma de deficiência no campo pode ser corrigido usando aplicação foliar.

Em determinados solos, um pH extremamente ácido pode causar toxicidade de manganês às culturas. Em solos com pH igual ou inferior a 5,0 há a ameaça de grande toxicidade. Contudo, foram medidos níveis tóxicos de manganês nas plantas em pH de até 5,8. Esse problema pode ser eliminado com a calagem.

 Fe Ferro

Ferro (Fe) é essencial para o crescimento das plantas e produção de alimentos. As plantas absorvem ferro na forma do cátion ferroso (Fe2+). O ferro é um componente de muitas enzimas associadas à transferência de energia, redução e fixação de nitrogênio e formação de lignina.

Aprofunde-se Ferro (Fe) faz parte da produção de clorofila e a clorose de ferro é facilmente reconhecida em culturas sensíveis ao ferro cultivadas em solos calcários. É também um componente de muitas enzimas associadas à transferência de energia, redução e fixação de nitrogênio e formação de lignina. O ferro é associado ao enxofre em plantas para a formação de compostos que catalisam outras reações.

Deficiências de ferro manifestam-se principalmente no amarelecimento de folhas resultante de baixos níveis de clorofila. O amarelecimento das folhas aparece primeiramente em folhas mais jovens e altas, nos tecidos intervenais. Deficiência severa de ferro faz as folhas ficarem completamente amarelas ou quase brancas, e então marrons, com sua morte.

Deficiências de ferro acontecem principalmente em solos calcários (alto pH), embora alguns solos ácidos e arenosos, com baixo teor de matéria orgânica, também possam ter essa deficiência. O clima fresco e úmido tende a ampliar a deficiência de ferro, especialmente em solos com níveis marginais de disponibilidade de ferro. Solos com pouca aeração ou altamente compactados também reduzem a absorção de ferro pelas plantas. Conforme o pH do solo aumenta, a absorção de ferro é reduzida, sendo adversamente afetada pela alta disponibilidade de fósforo, manganês e zinco no solo.

Visto que as aplicações no solo da maioria das fontes de ferro são geralmente ineficazes para corrigir deficiências de ferro nas culturas, recomenda-se o método de pulverizações foliares. A taxa de aplicação deve ser alta suficiente para molhar as folhas, de forma que uma aplicação típica é uma solução de 3% a 4% de sulfato ferroso (FeSO4), com 20 a 40 galões por acre (ou 187 a 375 litros por hectare). A inclusão de um espalhante adesivo na pulverização ajuda a melhorar sua aderência às folhas das plantas, aumentando a absorção de ferro pela planta. Mesmo assim, a correção de clorose pode exigir mais de uma aplicação de ferro foliar.

 Ni Níquel

Níquel (Ni) foi acrescentado à lista de nutrientes essenciais das plantas no final do século 20. As plantas absorvem o níquel na forma do cátion bivalente Ni2+. É exigido em quantidades muito pequenas, sendo que o nível crítico parece ser 1,1 parte por milhão (PPM).

 Cu Cobre

O cobre (Cu) ativa enzimas e catalisa reações em diversos processos de crescimento das plantas. A produção de vitamina A está intimamente ligada à presença de cobre, que também ajuda a assegurar a correta síntese de proteínas. Classificado como um micronutriente, o cobre é necessário apenas em pequenas quantidades para a sobrevivência da planta.

Aprofunde-se O cobre (Cu) é necessário no metabolismo de carboidratos e nitrogênio, de forma que níveis inadequados de cobre resultam em plantas atrofiadas. O cobre também é exigido na síntese da lignina, que é necessária para o fortalecimento das paredes celulares e prevenção ao murchamento. Os sintomas da deficiência de cobre incluem o perecimento de hastes e ramos, amarelecimento de folhas, crescimento atrofiado e folhas com tom verde pálido que murcham facilmente. De forma geral, os sintomas aparecem nas plantas mais jovens.

As deficiências de cobre ocorrem principalmente em solos orgânicos e em solos arenosos com pouca matéria orgânica. A absorção de cobre aumenta com o maior pH do solo. Uma maior disponibilidade de fósforo e ferro no solo reduz a absorção de cobre pelas plantas.

As taxas de aplicação de cobre recomendadas variam entre 3 a 10 libras por acre (3,36 a 11,2 quilos por hectare) na forma de sulfato de cobre (CuSO4) ou pó fino de óxido de cobre (CuO). Os efeitos residuais do cobre aplicado são bastante marcantes, sendo que pesquisadores observaram respostas por até oito anos após a aplicação. Em razão desses efeitos residuais, análises de solo são essenciais no monitoramento para impedir que o cobre se acumule e alcance níveis tóxicos em solos com esse tratamento. Também podem ser usadas análises de plantas para monitorar os níveis de cobre em seus tecidos. Quando os níveis de cobre disponível ultrapassam o intervalo de deficiência, os produtores rurais devem reduzir ou até suspender sua aplicação.

 Zn Zinco

Zinco (Zn) é absorvido pelas plantas na forma do cátion bivalente Zn2+. Foi um dos primeiros micronutrientes a ser reconhecido como essencial para as plantas e um dos que mais limita a produtividade das culturas. Embora seja exigido apenas em pequenas quantidades, não é possível obter alta produtividade sem o zinco.

Aprofunde-se na região centro-oeste dos EUA, está acontecendo uma crescente deficiência de zinco (Zn), especialmente em terras cultivadas com milho que com soja. Isso está ocorrendo em parte devido ao plantio precoce do milho, quando o solo ainda está frio e úmido. Além disso, a maior quantidade de resíduos resultante da alta produtividade de grãos exige que as mudas absorvam o zinco do solo.

O zinco tem intensa participação nos sistemas enzimáticos que regulam as fases iniciais de crescimento, sendo ainda vital no desenvolvimento das frutas, sementes e sistemas radiculares; na fotossíntese; na formação de reguladores do crescimento das plantas; e na proteção das culturas contra o estresse. Em conjunto com o nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K), o zinco (Zn) participa de diversos processos de desenvolvimento das plantas.

Os solos exigem quantidades muito pequenas de zinco, em comparação com nitrogênio ou potássio. É necessária apenas meia libra de zinco por acre (560g por hectare) para obter alta produtividade de milho (180 bushels por acre, ou 445 por hectare). Uma produtividade de 60 bushels por acre, ou 148 por hectare, exige apenas 0,28 libra de zinco por acre (314g por hectare). Mesmo assim, a falta de zinco pode limitar o crescimento das plantas, da mesma forma que a falta de nitrogênio ou potássio, se o solo for deficiente ou se a absorção da cultura for limitada.

Além de ser um componente essencial em vários sistemas enzimáticos para a produção de energia, o zinco é necessário na síntese de proteína e na regulação do crescimento. Plantas com deficiência de zinco também atrasam sua maturidade. Como o zinco não é móvel nas plantas, os sintomas de deficiência desse elemento ocorrem principalmente no crescimento novo. Essa falta de mobilidade nas plantas sugere a necessidade de um fornecimento constante de zinco disponível para otimização do crescimento.

Os sintomas mais visíveis da deficiência de zinco são Inter nódulos curtos (”rosetting”) e uma redução no tamanho das folhas. Faixas cloróticas ao longo das nervuras medianas do milho, folhas manchadas de feijão seco e clorose do arroz são sintomas característicos da deficiência de zinco. A perda das cápsulas inferiores do algodão e folhas estreitas e amarelas no crescimento novo de cítricos também foram identificados como sintomas da deficiência desse elemento. Outro sintoma ainda é o atraso na maturidade da planta.

A perda de zinco ocorre de muitas formas. As deficiências ocorrem principalmente em solos arenosos com pouca matéria orgânica e em solos orgânicos. Ocorrem com mais frequência durante o clima frio e úmido da primavera e estão relacionados a uma menor atividade e crescimento das raízes. A absorção de zinco pelas plantas é reduzida com o aumento do pH do solo. Altos níveis de fósforo e ferro disponíveis no solo também afetam adversamente a absorção de zinco.

 Mo Molibdênio

Molibdênio (Mo) é um oligoelemento encontrado no solo. É exigido para a síntese e atividade da redutase de nitrato das enzimas. Molibdênio é vital no processo de fixação de nitrogênio (N) simbiótico pela bactéria Rhizobia nos módulos radiculares de leguminosas. Considerando sua importância, os casos de deficiência desse elemento são raros na maioria das áreas de cultivo.

Aprofunde-se as plantas absorvem molibdênio (Mo) na forma do ânion MoO42-. É exigido para a síntese e atividade de redútase do nitrato de enzimas, sendo ainda vital no processo de fixação simbiótica do nitrogênio (N) pela bactéria Rhizobia nos nódulos radiculares. Também é necessário para converter o fósforo (P) inorgânico em formas orgânicas na planta.

As deficiências de molibdênio mostram-se como um amarelecimento geral ou atrofiamento da planta, ou mais especificamente na queima marginal e escavação (cupping) ou enrolamento das folhas. Deficiências de molibdênio também podem causar sintomas de deficiência de nitrogênio em culturas de leguminosas, tais como soja e alfafa, porque as bactérias do solo que crescem em simbiose com os nódulos radiculares das leguminosas necessitam de molibdênio para ajudar a fixar o nitrogênio oriundo do ar.

Deficiências de molibdênio ocorrem principalmente em solos ácidos e arenosos de regiões úmidas. Solos arenosos, em especial, têm maior tendência a deficiência de Mo que outros solos mais finos. Molibdênio torna-se mais disponível conforme aumenta o pH do solo, ao contrário de outros micronutrientes. Em razão deste fato, a calagem do solo poderá corrigir tal deficiência se o solo tiver uma quantidade suficiente desse nutriente. Contudo, o tratamento de sementes é a forma mais comum de corrigir a deficiência de molibdênio, porque apenas pequenas quantidades desse nutriente são necessárias.

Altas aplicações de fósforo aumentam a absorção de molibdênio pelas plantas, sendo que altas aplicações de enxofre reduzem sua absorção. A aplicação intensa de fertilizantes com enxofre em solos com quantidades limítrofes de molibdênio pode induzir à deficiência desse nutriente.

O excesso de molibdênio é tóxico, especialmente para pastagens. Gado que se alimentar de vegetação rasteira contendo concentrações tóxicas deste elemento pode desenvolver diarreia severa.

 

Elementos Não-Fertilizantes

 H Hidrogênio

O hidrogênio (H), derivado quase que totalmente da água, é um dos 17 nutrientes essenciais ao crescimento das plantas. Hidrogênio, em conjunto com o carbono e o oxigênio, são os três elementos primários utilizados pelas plantas em grandes quantidades, sendo que atuam como elementos construtivos no crescimento das plantas.

 C Carbono

O carbono (C) é responsável pela vida na Terra. O dióxido de carbono (CO2) liberado na atmosfera é reciclado infinitamente como parte do ciclo do carbono. As plantas absorvem CO2 do ar e usam o carbono para energia, ajudando a construir compostos biológicos essenciais, tais como carboidratos e proteínas.

  O Oxigênio

O oxigênio (O) é responsável pela perspiração celular das plantas. As plantas adquirem oxigênio dividindo o dióxido de carbono (CO2) durante a fotossíntese e liberam a maior parte como um subproduto desnecessário, poupando uma pequena parte para energia futura.

Fonte (http://www.nutricaodesafras.com.br/conhecendo-nutrientes)